Não te quero vida!
Não te quero mais vida!
Que te apoderaste deste corpo outrora e agora morto,
Que obrigas a caminhar e a olhar,
Para aqueles caminhos vagos e vazios,
De esperança, amor e de mar…
E devolvo este corpo ao mar,
Para que me beije com as suas ondas,
E para que me puxe para as suas profundezas,
Para me guardar…
Dos olhares que à muito me mataram a vontade de respirar!
E recuso e abomino esta mesma vida!
Que me permite estar a escrevinhar,
Palavras que caem no meu pranto salgado,
Que em tempos formou em mim um mar agitado,
Que gritou, e que agora desiste de me banhar…
Não te quero mais vida!
Não estejas aqui para me atormentar…
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